Assistir ao primeiro jogo do Bayern para se tentar perceber as diferenças que a saída de Pep Guardiola e a entrada de Carlo Ancelotti trouxeram à equipa mesmo num encontro contra um adversário da Oberliga seria porventura mais fácil caso não se tivessem realizado competições de selecções durante o meses de Junho e Julho. Onze ausências, desde o guarda-redes Neuer ao avançado Lewandovsky, dariam perfeitamente para fazer toda uma equipa competitiva e de qualidade.
O Bayern alinhou com:
Ulreich
Rafinha, Felix Goetze, Javi Martinez e Bernat
Lahm, Xabi Alonso e Benko
Robben, Julian Green e Ribery.
Robben foi o primeiro a sair aos 35 minutos e por lesão, já o Bayern ganhava por 3-0 tendo inclusivamente apontado um golo aos 6 minutos. Os outros golos foram marcados por Julian Green aos 9 e Ribery aos 33 minutos. Javi Martinez, Bernat e Ribery sairiam ao intervalo e Rafinha, Lahm e Xabi alonso saíriam aos 62 minutos quando o resultado estava em 2-4. De facto as substituições efectuadas diminuíram significativamente a qualidade de jogo do Bayern. No final do jogo, o resultado de 3-4, embora lisonjeiro para o Bayern pela paupérrima segunda parte, não representava a diferença entre o valor das equipas que entraram em campo.
O Bayern entrou com um 4-3-3, com Rafinha inicialmente a lateral-direito e Lahm a médio-defensivo no duplo pivot com Xabi Alonso, mas que por volta dos 35 minutos trocaram de posições e nelas se mantiveram até à sua saída aos 62 minutos. Com Julian Green como referência no ataque e Ribery na esquerda e Robben na direita, a atacaram os espaços atrás dos defesas e a virem para dentro, o Bayern pareceu ser uma mistura entre o modelo de jogo de Guardiola, com muita posse e troca de bola, com o existente pré-Guardiola, as desmarcações nas costas dos defesas pelos desequlibradores Robben e Ribery.
No entanto é muito difícil perceber como irá mudar a equipa com a vinda, em especial de Muller, que não deverá ser a referência central, pois esse papel deve caber a Lewandovsky, nem ser um médio ofensivo como jogou Benko, à frente do duplo-pivot. Deu a sensação que na segunda parte, no início, o Bayern experimentou um 4-4-2, mas tendo em conta que os elementos em campo pouco fizeram para justificar a sua presença, tornou-se difícil perceber se era um 4-3-3 assimétrico se um 4-4-2 também assimétrico.
Se o início da segunda parte já mostrou ser desinteressante pela saída de alguns jogadores que lutarão pela titularidade, a partir dos 62 minutos perdeu totalmente o interesse, pois a equipa estava perfeitamente ao nível do adversário. Para quem não sabe, a Oberliga é a 5.ª divisão alemã. O mais curioso foi ver que uma equipa da Oberliga, mesmo sabendo ser muito inferior ao Bayern de Munique, que de início apenas tinha 3 jogadores que não deverão contar durante a época, Ulreich, Felix Goetze e Benko, procurou sempre sair com a bola controlada e chegou a criar três jogadas de perigo na primeira parte.
Renato Sanches terá muita concorrência, Alonso, Thiago, Rafinha, Javi Martinez, Vidal, Kimmich e até Lahm, na luta pela titularidade de um dos lugares do meio-campo. Dependendo muito da gestão que Carlo Ancelotti faça dos seus recursos, assim aparecerão, ou não, as oportunidades. As limitações físicas que Ribery e Robben, entretanto novamente lesionado, têm, parecem ser talvez o ponto mais fraco deste Bayern, visto que Douglas Costa e Kingsley Coman têm um perfil relativamente diferente.
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